PROPOSTA INDECENTE: O PLANO DE BOLSONARO PARA PRENDER O MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES
Bolsonaro culpa o Ministro Alexandre de Moraes por sua derrota a reeleição e arquiteta, com o Deputado Daniel Oliveira e o Senador Marcos do Val, um plano para prender o Ministro e anular as eleições
Faltavam 21 dias para terminar o governo e Bolsonaro ainda não havia reconhecido o resultado da eleição. Deprimido, repetia a todo instante que o processo havia sido fraudado e que era preciso mostrar isso de maneira clara ao país.
Com o apoio de um grupo muito restrito, foi elaborado então o seguinte plano: alguém de confiança do presidente se aproximaria do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, devidamente equipado para gravar as conversas do magistrado com o intuito de captar algo comprometedor que servisse como argumento para prendê-lo. Esse seria o estopim que desencadearia uma série de medidas que provavelmente atirariam o país numa confusão institucional sem precedentes desde a redemocratização.
Na reunião do Alvorada, Bolsonaro descreveu os detalhes dessa operação. Estavam presentes, além dele, dois parlamentares aliados: o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES).
Moraes já estava informado de que algo estranho estava sendo tramado. Um primeiro alerta havia sido feito pelo próprio Marcos do Val.
A reunião com o presidente durou cerca de 40 minutos. Bolsonaro e seus auxiliares atribuem a derrota do presidente à interferências do ministro Alexandre de Moraes durante a campanha eleitoral.
Acreditavam que conseguiram provar isso caso conseguissem se aproximar do magistrado e gravar suas conversas. Captar um diálogo que sugerisse algo nessa direção pavimentaria o caminho para o que se pretendia na sequência: prender o ministro, impedir a posse de Lula, anular as eleições.
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